Entre as justificativas que levam muitos dos pacientes aos consultórios de psicanálise são os momentos de crise nos relacionamentos afetivos, com o propósito de amenizar os impactos dos insucessos e encontrar uma explicação menos dolorosa. O maior medo sempre é o de ficar sozinho ou sozinha. Com a psicanálise é possível viabilizar um ótica mais otimista, ainda que realista, da situação atual, bem como, desenvolver junto ao paciente uma melhor forma de evitar o sofrimento e angústia em situações inevitáveis e, por que não, triviais da vida.
Algumas pessoas experimentam maiores impactos no que se refere à finitude dos relacionamentos, quando embarcam em relacionamentos cheios de inseguranças sobre não se sentir realmente “amados”. São raciocínios que permeiam os pensamentos do dependente afetivo, que acabam levando a instabilidades constantes devido a carga emocional depositada no parceiro ou parceira, e que vai muito além da conta.
A dependência afetiva, por vezes, se confunde com um “grande amor” e dar margem a atmosferas de infelicidade que, para evitar a sensação de abandono, por vezes, se sujeita a relações altamente abusivas. A constante busca de atenção e demonstração de afeto tendem a se repetir e não são fruto, necessariamente, das más oportunidades de relacionamento. Talvez o melhor seja entender que pode ser momento de organizar as emoções.