Empatia é um sentimento sobre si que cada um, ciente das próprias limitações, experimentadas ou não, leva o indivíduo a interagir em consideração a situação vivida pelo outro, além da sua própria condição. O altruísmo é semelhante, sendo um sentimento presente nos seres vivos que o move de forma voluntária a ajudar o outro, de forma individual ou coletiva, sem um retorno que não seja o ato em si.
Mas afinal, empatia existe mesmo?
Ainda hoje, parece não haver consenso quanto a isso. Quer dizer que, o verdadeiro altruísmo pode estar na função evolutiva de proteger os membros de uma espécie; numa forma eficaz de autopublicidade social; ou apenas uma ferramenta para reduzir nossas próprias angústias.
A Parábola do Bom Samaritano:
Setenta estudantes foram incumbidos da tarefa de dar uma palestra sobre a Parábola do Bom Samaritano em sua universidade. No momento em que chegaram alguns deles forma informados que haviam chegado atrasados, outros que estavam na hora certa, e que outro grupo havia chegado antes e estava adiantado. Direcionados para uma sala, todos os estudantes foram induzidos a passar por uma pessoa deitada no chão visivelmente mal e necessitando de ajuda. Dos que passaram pela pessoas, 10% dos atrasados ajudaram, 45% dos que estavam na hora, e 63% dos que tinham tempo de sobra ofereceram amparo.
Segundo seus idealizadores, os psicólogos americanos Daniel Batson e J. M. Darley, este estudo mostra que a ideia das pessoas sobre altruísmo e empatia vale mais a pena ser colocada em prática quando se tem tempo sobrando e não interfere tanto nos planos pessoais, sejam quais forem. Em outras palavras, não valia apena se atrasar para ajudar alguém que não se conhece.