Embora cada um reaja a sua forma, de acordo com a sua estrutura emocional, vivências e experiências, bem como, a capacidade de lidar com um acontecimento de perda, é possível verificar um padrão para que se chegue à superação. Ainda na década de sessenta, a psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross descreveu cinco estágios do processo de luto.
O primeiro estágio se refere à negação, que atua como uma espécie de amortecedor para o fato – e sua consequente dor. Gradativamente essa negação se transforma em aceitação parcial.
O segundo estágio é a raiva e acontece quando não é mais possível negar o fato ocorrido, daí emerge um sentimento de revolta. Trata-se de um momento delicado para a família e pessoas próximas, uma vez que suas atitudes e emoções hostis para com os mesmos, não são justificáveis.
O terceiro estágio é descrito pela psiquiatra como um período de “barganha”, onde pessoas que estão em luto por possuírem doenças terminais, negociam consigo uma suposta possível cura ou milagre para seu problema.
No quarto estágio é a fase da depressão – tristeza profunda em si. Daí vêm sentimentos de debilitação, tristeza, solidão e intensa saudade. Nessa etapa, se faz importante bastante conversa por parte das pessoas à sua volta. Somente ao superar a angústia e a ansiedade que o indivíduo chega ao último estágio do luto: a aceitação. Na aceitação, a saudade se torna mais amena e suportável, a pessoa dá indícios de paz interior e como mundo, voltando às condições necessárias para se organizar.